O poder no Sudão não será entregue, exceto a um governo eleito ou se for forjado um consenso nacional, anunciou ontem o presidente do Conselho de Soberania Transitória do país, Abdel Fattah Al-Burhan.
Falando a oficiais da Sexta Divisão de Infantaria na cidade de Al-Fasher, no norte de Darfur, Al-Burhan disse que era responsabilidade das Forças Armadas, de todas as forças regulares e dos partidos políticos entregar o poder a indivíduos eleitos ou nomeados por consenso político.
“Queremos entregar o poder aos cidadãos sudaneses eleitos pelo povo para governar o Sudão”, reiterou.
Elogiando seu exército, Al-Burhan descreveu os sacrifícios dos militares como o “principal apoio para alcançar a paz e a estabilidade no país”.
Desde 25 de outubro, o Sudão vem testemunhando protestos contra as medidas tomadas pelo líder do conselho, Abdel Fattah Al-Burhan, incluindo a imposição de estado de emergência, a dissolução de ex-ministros e conselhos, bem como a prisão de funcionários. As medidas foram repetidamente criticadas por nações ocidentais que pediram a restauração do governo liderado por civis e o fim da repressão aos protestos.
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