Agnes Callamard, secretária-geral da Anistia Internacional, afirmou nesta quarta-feira (2) que sua organização fará “todo o possível” para expor as práticas do apartheid israelense.
As informações são da agência de notícias Wafa.
Durante encontro com o Presidente da Autoridade Palestina (AP) Mahmoud Abbas, na cidade de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, Callamard apresentou o recente relatório que designou Israel como estado de apartheid e prometeu maior cooperação internacional.
Callamard observou que Israel rechaçou o documento; no entanto, insistiu que a entidade sediada em Londres manterá esforços para combater os crimes de apartheid perpetuados contra o povo palestino.
“Temos trabalho a fazer nos próximos meses e anos e estamos comprometidos a fazer todo o possível junto de organizações internacionais para expor as práticas de apartheid e os crimes cometidos por Israel contra os palestinos”, comentou Callamard.
Durante o encontro, Abbas agradeceu a divulgação do relatório, ao descrevê-lo como “vasto esforço conduzido pela Anistia Internacional ao longo de anos e anos, em busca da verdade”.
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Segundo o presidente palestino, seu governo manterá contato com países e organizações para explicar as descobertas do documento e então implementar medidas para proteger os direitos legítimos do povo palestino e para superar a ocupação.
Na terça-feira (1°), a Anistia publicou um relatório de 211 páginas, intitulado “O apartheid de Israel contra os palestinos”, no qual concluiu que o estado ocupante impõe um “sistema cruel de dominação” e comete “crimes de lesa-humanidade”.