Israel deu início a uma série de obras nas terras ocupadas do Vale do Jordão, sob alertas de ativistas e residentes palestinos de que o projeto pode resultar em um novo assentamento ilegal exclusivamente judaico, segundo informações da agência de notícias Wafa.
Novas estruturas foram instaladas a leste de Khirbet Humsa al-Fouqa, na porção norte do Vale do Jordão, relatou o oficial local Mutaz Bisharat. Soldados instalaram ainda oito salas em terras particulares pertencentes aos residentes palestinos.
Segundo Bisharat, os proprietários foram expulsos de suas casas no último ano.
Esforços similares, advertiu a reportagem, serviram como alicerce para a construção de novos assentamentos ilegais nos territórios ocupados, ao alterar à força a situação em campo.
De acordo com a ong israelense Peace Now, há cerca de 450 mil colonos israelenses vivendo em 132 assentamentos exclusivamente judaicos e 140 postos avançados na Cisjordânia, sem sequer contabilizar a colonização de Jerusalém Oriental.
A Peace Now define os postos avançados como assentamentos estabelecidos desde a década de 1990, sem a anuência explícita do governo israelense. Tanto os assentamentos quanto os postos avançados são considerados ilegais pela lei internacional.
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