O Comitê de Apoio aos Jornalistas documentou 46 violações israelenses contra a liberdade de imprensa dos profissionais palestinos no mês de janeiro, reportou a agência Anadolu.
Em relatório divulgado nesta quarta-feira (2), a ong que monitora a situação nos territórios palestinos ocupados constatou que os abusos perpetrados pelas forças de Israel abrangem “prisão, extorsão e ataques diretos em campo”, além de outras formas de assédio.
Conforme o relato, quatro jornalistas palestinos foram presos por Israel no último mês.
O documento observou que soldados e colonos israelenses cometeram “dezessete casos de agressão e injúria contra jornalistas”, enquanto cobriam a demolição de casas palestinas no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, além de atos civis na Cisjordânia.
O exército israelense frequentemente utilizou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra repórteres em campo, reafirmou o relatório. A ong também registrou ao menos 18 casos de jornalistas impedidos de cobrir as violações contra os palestinos.
Além disso, forças da ocupação invadiram a casa de um profissional de imprensa, ameaçaram duas jornalistas e restringiram o acesso às redes sociais de outros quatro trabalhadores, sob o pretexto de “violar as instruções de compartilhamento”.
Até janeiro, dezessete jornalistas palestinos e outros profissionais do setor permaneciam encarcerados nas cadeias de Israel.
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