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Prisioneiro egípcio morre de negligência médica em custódia

Policiais egípcios na entrada de uma penitenciária no Cairo, 27 de maio de 2020 [KHALED DESOUKI/AFP/Getty Images]

Mohamed Abdel Habid, prisioneiro egípcio de 40 anos, faleceu nesta quinta-feira (3) após entrar em coma diabético e ser transferido de sua cela a um hospital público na cidade de Minya, na região do Alto Egito.

Abdel Hamid, pai de dois filhos, foi preso em maio de 2014 e indiciado em um caso divulgado pela imprensa como “Wagdy Ghoneim”, em referência a um proeminente clérigo salafita que angariou seguidores ao denunciar o golpe de estado de Abdel Fattah el-Sisi.

Em 2017, Abdel Hamid foi condenado à prisão perpétua, mas sua sentença foi posteriormente reduzida a 15 anos.

Em dezembro de 2020, o jornal britânico The Guardian mencionou um relatório de um grupo suíço de direitos humanos ao constatar que o Egito vivenciou aumento no número de mortes entre os prisioneiros políticos, alcançando cem vítimas no período de um ano.

Ao menos mil pessoas faleceram nas cadeias do país, devido a tortura ou negligência médica, desde o golpe militar de 2013.

LEIA: Parlamentares da UE pedem que ONU monitore direitos humanos no Egito

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