O Kuwait proibiu a exibição do filme “Morte no Nilo”, nova adaptação do romance de Agatha Christie, estrelando a atriz israelense Gal Gadot, conhecida por seu apoio público à guerra da ocupação contra a Faixa de Gaza sitiada.
Anouar Murad, porta-voz do Ministério da Informação, confirmou neste domingo à rede AFP que o filme será banido das salas de cinema do país. O jornal kuwaitiano Al-Qabas observou que a decisão decorre de campanhas nas redes sociais.
Ativistas apontaram elogios de Gadot ao exército israelense e opiniões pejorativas sobre a resistência palestina, em particular, durante a guerra de 2014 contra Gaza, que resultou na morte de 2.251 civis palestinos, incluindo 551 crianças.
O Kuwait havia proibido previamente o filme de super-herói “Mulher Maravilha”, que levou Gadot ao estrelato em Hollywood.
O estado do Golfo recusou-se a normalizar laços com Israel e seus oficiais costumam criticar publicamente as violações do estado sionista perpetradas contra o povo palestino.
Em janeiro, o Kuwait celebrou Muhammad al-Awadi, jogador de tênis de 14 anos que retirou-se do torneio de Dubai para não enfrentar um adversário israelense. Fotografias de al-Awadi foram expostas nas ruas, com os dizeres “Obrigado, herói”.
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