A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e o Sindicato dos Jornalistas do Iêmen (SJI) lançaram uma campanha global para pressionar o movimento houthi a libertar quatro jornalistas iemenitas presos no país tomado pela guerra, que enfrentam pena de morte.
Em junho de 2015, Abdul-Khaleq Omran, Akram al-Walidi, Harith Hamid e Tawfiq al-Mansoori foram capturados pelos houthis junto de cinco outros repórteres, na capital Sanaa.
Em abril de 2020, um tribunal houthi condenou os quatro jornalistas à pena capital, sob acusações de “traição e espionagem para estados estrangeiros”.
“Sua prisão foi motivada por sua cobertura sobre violações de direitos humanos cometidas pelos houthis”, advertiram as entidades da categoria em comunicado divulgado ontem (7).
As entidades anunciaram o “um chamado de emergência … para pressionar as autoridades houthis a libertar nossos colegas e salvar suas vidas”, ao alertar que os quatro profissionais sofreram “tortura física e psicológica”, além de “negação sistemática do direito à visita e do acesso a cuidados médicos”.
Ambas as associações sindicais reiteraram que sua campanha pretende enviar uma mensagem aos representantes da ONU e dos Estados Unidos no Iêmen, para que incluam em sua agenda a soltura dos jornalistas como questão urgente.
A campanha também reivindica que o Sindicato dos Jornalistas do Iêmen possa participar da próxima sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, a fim de informar seus membros sobre os repórteres condenados à morte e a luta da categoria no país.
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