Nesta segunda-feira (7), o parlamento iraquiano decidiu adiar a eleição de um novo presidente até segunda ordem, devido à falta de quórum. O gabinete de imprensa da Câmara dos Representantes observou que apenas 58 dos 329 legisladores compareceram à sessão.
Uma fonte anônima constatou a protelação do voto, pois requer a presença de dois terços dos parlamentares em sessão. Todavia, diversos blocos políticos confirmaram boicotar o processo.
No sábado (5), o líder do movimento sadrista, Muqtada al-Sadr, cuja coalizão venceu a maioria dos assentos nas eleições legislativas de outubro, anunciou a ausência de seus correligionários na assembleia desta segunda-feira.
A Coligação da Soberania, comandada pelo presidente da câmara, Muhammad al-Halbousi, aliado de al-Sadr, juntou-se ao boicote, além do Partido Democrático do Curdistão. Diversos grupos xiitas também manifestaram a “não necessidade de realizar a sessão”.
No domingo (6), a Suprema Corte suspendeu a candidatura do ex-ministro Hoshyar Zebari, após ressurgirem denúncias de corrupção datadas de 2016. Os juízes, não obstante, insistiram que a suspensão é “provisória”, enquanto analisam o caso.
Em 2016, Zebari foi destituído do posto de Ministro das Finanças sob queixas de crimes financeiros e administrativos. Anos depois, Zebari é um dos dois principais candidatos à presidência, concorrendo com o incumbente, Barham Saleh.
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