A Rede Pan-Africana de Solidariedade à Palestina acusou a União Africana de negligenciar seus princípios fundadores ao conferir status de observador a Israel, responsável por perpetuar um sistema de apartheid contra o povo palestino.
Em nota divulgada nesta segunda-feira (7), a organização reafirmou que a cúpula africana ignorou suas obrigações expressas de “combater o apartheid, o racismo e o colonialismo”.
A entidade de direitos humanos condenou a decisão “ultrajante e unilateral” de Moussa Faki Mahamet, presidente da Comissão Africana, de consagrar Israel como estado-observador da organização transnacional, em julho do último ano.
No domingo (6), o bloco vivenciou uma contundente divisão interna, ao passo que África do Sul, Argélia e Nigéria manifestaram sua oposição à medida. Não obstante, República Democrática do Congo, Ruanda e Camarões mantiveram seu apoio.
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Ainda assim, a cúpula da União Africana tomou a decisão unânime de investigar o processo.
A rede de solidariedade então demandou dos presidentes da Argélia, Nigéria, África do Sul, República Democrática do Congo, Ruanda, Camarões e Senegal, que constituem o conselho responsável, a respeitar a carta fundadora do bloco e negar a adesão de Israel.