O irmão do ativista assassinado Nizar Banat alertou a Autoridade Palestina na terça-feira para não esconder evidências de seu envolvimento no assassinato, informou a Quds Press.
Ghassan Banat reiterou que seu irmão foi morto por oficiais da agência de Segurança Protetora da Autoridade Palestina. A evidência, ele apontou, é clara no relatório médico mantido nos arquivos do Hospital Al-Ahly em Hebron. Banat disse que oficiais da Segurança Protetora fotocopiaram o relatório médico, a terceira vez que foi copiado.
O irmão do homem assassinado explicou que a cópia repetida do relatório médico sem o seu conhecimento levantou preocupações de que a AP pudesse estar trabalhando para esconder seu envolvimento no assassinato de Nizar. Ele revelou que uma das cópias havia sido enviada para a Jordânia. Embora ele não tenha nomeado o destinatário, ele alegou que isso fazia parte do esforço para encontrar uma falha legal que poderia tirar o AP do envolvimento.
Ao mesmo tempo, acrescentou, o advogado de defesa designado pela Autoridade Palestina está tentando ajudar as agências da AP a esconder seu envolvimento no assassinato.
A família Banat se recusa a comparecer às audiências judiciais nesse caso, porque os membros se recusam a se sentar sob o mesmo teto com os “assassinos” de Nizar. De acordo com Ghassan Banat, sua família está documentando todas as violações cometidas pelo judiciário da AP e pelo tribunal para enviar um arquivo completo sobre o caso a um tribunal internacional.
O ativista político Nizar Banat morreu depois de ser espancado por agentes de segurança da AP na casa de seu tio, em Hebron, em 24 de junho do ano passado.
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