Autoridades israelenses aprovaram um esquema de um bilhão de shekels (US$310 milhões) para financiar projetos de larga escala capazes de conectar assentamentos exclusivamente judaicos, instalados nas terras ocupadas de Jerusalém Oriental, à parte ocidental da cidade.
As informações são da rede de notícias Arab48.
Segundo o comitê financeiro da prefeitura israelense, a iniciativa pretende avançar nas obras e na expansão de canais rodoviários e ferroviários para conectar os assentamentos ilegais com o restante de Jerusalém.
De acordo com o website israelense Kol Hair, em torno de US$6.8 milhões serão alocados ao desenvolvimento de uma ferrovia de baixo custo para integrar os assentamentos de Ramot e Gilo, perto da cidade palestina de Belém, no sul da Cisjordânia ocupada.
Além disso, quase US$29.1 milhões serão gastos em obras semelhantes dentro da zona urbana de Jerusalém, além de US$6.5 milhões para expandir as ruas de Gilo e interligá-las à rodovia de Begin, que conecta a cidade ocupada a Tel Aviv.
LEIA: Israel nivela terra em vila palestina para expandir assentamento ilegal
Outros US$5.1 milhões serão desembolsados para ampliar uma rodovia no bairro setentrional de Beit Hanina, a fim de atenuar o trânsito a colonos israelenses que saem dos assentamentos Pisgat Zeev e Neve Yaakov em direção aos bairros ocidentais de Jerusalém.
Todos esses projetos requerem construção civil, redes de água e esgoto e tanques subterrâneos para irrigação, segundo as informações do website israelense. Como resultado, espera-se maior apropriação de terras particulares palestinas para uso da ocupação.
Israel assumiu o controle de Jerusalém Oriental e da Cisjordânia durante a chamada Guerra dos Seis Dias, em 1967. Tais territórios abrigam atualmente mais de 700 mil colonos judeus, em 164 assentamentos e 116 postos avançados — todos ilegais conforme a lei internacional.
Os palestinos, junto de grande parte da comunidade internacional, consideram os assentamentos como obstáculo majoritário à paz e à justiça.