Minha resposta aos ataques de sionistas que não representam os judeus humanistas do Brasil. Parte II

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* Os sionistas afirmaram na entrevista de mais de uma hora de ataques a mim que eu teria “ inventado” máfias judaicas. A máfia Zwi Migdal , cuja existência é amplamente comprovada nos sites de grandes universidades, dos maiores jornais do mundo, etc, é chamada de máfia judaica em todas as teses de mestrado de hoje e nos relatórios policiais de ontem porque Israel foi fundado apenas em !948 e, portanto, não existia quando os criminosos começaram a traficar e a enganar as jovens polacas para o Rio de Janeiro, fato amplamente comprovado e conhecido.

*  Os maiores sites jornalísticos do mundo e de Israel hoje, como o Haaretz, também já fizeram centenas de matérias que comprovam a existência de máfias israelenses hoje no tráfico de mulheres e milhares de reportagens sobre como agia a antiga máfia do tráfico de mulheres, a Zwi MIgdal, no Brasil, na Argentina e em dezenas de outros países.

.* Um sionista que serviu ao Exército de Israel, um dos mais violentos e mais denunciados do mundo,  tem orgulho de se declarar um “ sionista”. Mas o fato é que o sionismo foi considerado “ um sistema de racismo” pela ONU em abril de1975, mas o lobby de EUA e Israel conseguiu derrubar a resolução da, ainda que, para a imensa maioria dos países que formam a ONU o sionismo seja, claramente, uma forma de apartheid e racismo.

* Esse senhor e seus asseclas afirmaram que eu generalizei milhões de judeus e que eu disse que todos eram “criminosos”. Não há nada de mais mentiroso do que isso, a não ser as próprias  acusações de sionistas como ele contra todos os jornalistas e organizações de direitos humanos do mundo que denunciam os assassinatos de crianças palestinas, a tortura e a prisão ilegal de crianças, e são chamadas desavergonhadamente por Israel de “ antissemitas”, como aconteceu novamente há poucos dias com a Anistia Internacional, que divulgou um relatório afirmando que Israel é , de fato, um regime de apartheid.

Não apenas eu não fiz generalização alguma na entrevista como afirmei várias vezes que “ existem judeus maravilhosos e judeus criminosos”, assim como existem cristãos maravilhosos e cristãos criminosos.  O que eu questionei e questiono todos os dias é por que a religião de um criminoso só é escrita numa matéria quando ele é muçulmano e nunca quando ele é um cristão ou um judeu. Terroristas cristãos, como o norueguês Andrés Breivick, que se intitulava um “ novo cruzado” e assassinou mais de 70 jovens em uma ilha da Noruega, porque os jovens ajudavam e acolhiam refugiados muçulmanos, foi tratado pela imprensa mundial como “ lobo solitário”, um “ supremacista”, um “ homem com problemas mentais”, etc.  Andrés Breivck não é um lobo solitário, é um terrorista cristão. Jim Jones foi um terrorista cristão. Os extremistas judeus que queimaram vivo um bebê palestino em Duma, que mataram quase toda a sua família são terroristas judeus, assim como era um terrorista o extremista que judeu cometeu um massacre em Hebron, na Tumba dos Patriarcas, matando de forma cruel mais de 20 palestinos muçulmanos. Assim como era um terrorista cristão o homem que cometeu o massacre nas duas mesquitas da Nova Zelândia.

Precisamos, sim, ter coragem de afirmar que existem terroristas e estupradores de todas as religiões, inclusive judeus e cristãos, precisamos promover a tolerância e o respeito a todas religiões. Não podemos mais alimentar o ódio aos muçulmanos de forma tão covarde. Não podemos mais dar um outro nome aos mesmos crimes de pedofilia e assassinato, apenas porque o autor do crime não é muçulmano, mas cristão ou judeu. Um empresário brasileiro de religião judaica, Samuel Klein, que estuprou centenas de meninas de 12 e 13 anos, que aliciou meninas de 9 anos, que destruiu a autoestima e o futuro de centenas delas, assim como já o fizeram homens cristãos do mundo todo, tem de ser chamado pelo que é, um pedófilo de religião judaica, assim como “ João de Deus” tem de ser definido como um abusador sexual de religião espirita. E um abusador sexual hindu tem de ser chamado pelo que é também. Ou usamos a religião em todos os casos ou não a usamos em nenhum. O que questionei é por que a religião, na grande maioria dos casos só é citada quando o criminoso ou terrorista é muçulmano, gerando islamofobia e ódio no mundo todo, e não quando o criminoso é um judeu ou um cristão e por que estamos alimentando o ódio contra os muçulmanos de maneira tão covarde.

.  * Esses senhores afirmam também que a minha entrevista é prova de “antissemitismo” porque eu disse que existem alguns judeus envolvidos no tráfico de mulheres, e afirmo que Samuel Klein, um empresário que estuprou e prostituiu centenas de meninas brasileiras, destruindo seu futuro e autoestima, era judeu. Isso é um fato, assim como existem milhares de cristãos envolvidos em crimes sexuais no Brasil, assim como existem abusadores sexuais muçulmanos e milhares de abusadores sexuais na minha própria Igreja Católica. Há poucos dias, um artigo meu denunciando osabusos morais e sexuais do grupo católico Arautos do Evangelho, foi publicado em vários sites de notícias do Brasil, inclusive no Brasil 247 e no site britânico Middle East Monitor, onde sou colunista.

* Por escrever também sobre os crimes e os abusos sexuais cometidos por membros de minha própria religião, eu seria, pela lógica desses sujeitos, uma “ cristofóbica”.  Nada mais falso. Sou católica e voluntária da Pastoral de Rua há mais de 10 anos, luto contra a imensa injustiça social que devasta o meu país, e o fato de pertencer à religião católica, jamais me impediu de escrever contra religiosos que sequestram o lindo legado de Cristo para alimentar sectarismos, abusos sexuais, injustiças e impunidade.

*O assassinato de Kelly Fernanda Martins, que deu origem à novela Salve Jorge, pela rede de mafiosos israelenses e judeus de origem russa em Tel Aviv, a existência dessa rede, tudo isso é amplamente documentado, com imenso e farto material de pesquisa nos sites dos maiores jornais do mundo, e foi tema de várias matérias no Brasil, inclusive da TV Globo, que a partir desses crimes, passou a falar sobre isso em 1998, 2001, 2002 e 2012, ano em que a novela foi ao ar.

*Os sionistas descobriram há poucos dias no Brasil que muitos judeus antissionistas não apoiam a forma como Israel tem protegido criminosos poderosos, escreveram notas e posts de solidariedade a mim, repudiando os ataques de entidades sionistas a essa jornalista. Jornalistas, atores e intelectuais judeus não-sionistas de toda a América Latina, aos quais serei grata para sempre, me emocionaram ao fazerem uma linda Nota de Solidariedade, publicada em vários sites, e intitulada “ Pessoas judias da América Latina se solidarizam com a jornalista Lucia Helena Issa e repudiam os ataques feitos a ela”. Os sujeitos também afirmam em sua entrevista que eu menti ao dizer que “Israel se tornou um paraíso judicial para pedófilos “. Não, senhores, quem afirma isso em centenas de reportagens que podem ser encontradas no Google, são a Interpol, os delegados norte-americanos, juízes de vários países e os advogados do respeitado grupo Advocay Group, que já publicaram até mesmo no jornal israelense Haaretz uma artigo revelando  que homens judeus, condenados em seus países por pedofilia, estão  obtendo a cidadania israelense apenas por se declararem judeus, estão fugindo para Israel, causando um fenômeno de impunidade em série que tem sido denunciado no mundo todo. Ou esses sionistas não leem sequer os jornais israelenses, ou são manipuladores.

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Por fim, reafirmo que é assustador e imensamente imoral o fato de sionistas brasileiros estarem trazendo ao Brasil a intimidação, as ameaças e os assassinatos de reputações que ocorrem em Israel contra centenas de correspondentes estrangeiros que investigam e denunciam os crimes cometidos em ou por Israel.  Esse país tornou-se, para milhares de observadores internacionais, um regime de apartheid e de limpeza étnica reconhecido oficialmente pela Anistia Internacional, pela Humans Rights Watch, pela organização humanitária israelense Bet’Selem,  por relatores individuais da ONU que foram ameaçados por Israel, e também por imensos escritores judeus como Illan Pappé.

As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a política editorial do Middle East Monitor.

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