Poluição custa US$141 bi e 270 mil vidas por ano ao Oriente Médio e Norte da África

A poluição do ar custa à região do Oriente Médio e Norte da África aproximadamente US$141 bilhões por ano, equivalente a 2% de seu rendimento econômico, segundo relatório divulgado pelo Banco Mundial.

O documento foi publicado sob o título “Blue Skies, Blue Seas: Air Pollution, Marine Plastics, and Coastal Erosion in the Middle East and North Africa” — ou “Céus azuis, mares azuis: Poluição do ar, plástico no mar e erosão costeira no Oriente Médio e Norte da África”.

O relatório concentra-se na degradação dos chamados “recursos azuis” — como praias limpas e ar puro. Os índices demonstram que as metrópoles da região estão atrás apenas das cidades da Ásia Meridional em termos de poluição do ar. Residentes das áreas urbanas do Oriente Médio e Norte da África respiram dez vezes mais poluentes do que considerado seguro pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Neste contexto, a poluição do ar na região causa quase 270 mil mortes por ano. Ao longo da vida, os residentes adoecem, em média, a cada 60 dias devido aos poluentes.

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“A produtividade cai caso haja impossibilidade de trabalhar por enfermidade ou porque um familiar adoeceu, e os custos de saúde tornam-se um fardo em potencial tanto a indivíduos quanto a seus governos”, constatou o relatório.

Em comunicado à imprensa, Ferid Belhaj, vice-presidente regional do Banco Mundial, destacou: “Céus e mares poluídos são onerosos à saúde e ao bem-estar econômico e social de milhões de pessoas no Oriente Médio e Norte da África”.

“Ao passo que os países se recuperam do covid-19, há uma chance de mudar a trajetória e favorecer um crescimento mais verde, mais azul, mais sustentável, com menos emissões e menos degradação ambiental”, acrescentou Belhaj.

Além disso, o documento identificou o Mediterrâneo como um dos mares com maior índice de poluição por plástico no mundo. Os habitantes da região despejam ao menos seis quilogramas de resíduos em suas águas todos os anos. Segundo o relatório, a poluição por plástico supera o volume de pesca, dentre as duas espécies mais comuns, no Mar Mediterrâneo.

Sobre a poluição do ar, o relatório recomendou restrições mais rigorosas às emissões, ao taxar o derrame de resíduos e reformar a indústria de combustíveis fósseis. Sobre os oceanos, instou os governos a melhorar sua gestão de resíduos sólidos, ao criar benefícios à reciclagem e colaborar com o setor privado na busca de alternativas ao uso de plástico.

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