Em texto publicado pela rede de notícias The Journal, Michael Benyair, ex-procurador-geral e ex-ministro da Suprema Corte de Israel, exortou a comunidade internacional a agir para encerrar o regime de apartheid imposto pela ocupação israelense na Palestina histórica.
Benyair passou boa parte de sua carreira analisando questões legais concernentes à ocupação da Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém.
O jurista reconheceu, por exemplo, ter aprovado a expropriação de terras particulares palestinas para expandir assentamentos ilegais nas áreas ocupadas.
É com profundo pesar que devo concluir também que meu país afundou a profundezas políticas e morais tamanhas que representa agora um regime de apartheid. É hora da comunidade internacional também reconhecer essa realidade.
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“Entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, o estado israelense priva milhões de palestinos de seus direitos políticos e civis”, acrescentou. “Isto é o apartheid israelense”.
Em seu artigo, Benyair descreveu a situação na Palestina como “abominação moral” e insistiu que a protelação de esforços internacionais para responsabilizar Israel é “inaceitável”.
Há menos de duas semanas, a Anistia Internacional divulgou um relatório no qual designa Israel como “estado de apartheid”. Em 2021, a B’Tselem e o Human Rights Watch chegaram à mesma conclusão. No ano anterior, a associação Yesh Din emitiu um laudo jurídico, no qual corroborou: “O crime contra humanidade de apartheid é cometido na Cisjordânia ocupada”.
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