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91% das vítimas de crimes cibernéticos em Israel não contam à polícia, diz relatório

Ataque cibernético, 19 de setembro de 2019 [Reuters/Kacper Pempel]

Cerca de 91 por cento dos israelenses que foram vítimas de crimes cibernéticos não relataram o assunto à polícia, no que o Escritório Central de Estatísticas de Israel (CBS, na sigla em inglês) disse que indica o nível de desconfiança entre as pessoas e a polícia.

Um novo estudo da CBS divulgado ontem disse que cerca de 211.000 pessoas com mais de 20 anos foram submetidas a crimes cibernéticos em 2020, mas 91,3% delas nunca relataram isso à polícia.

De acordo com o relatório, a forma mais comum de crimes digitais foram vírus de computador, roubo ou falsificação de identidade, assédio sexual e chantagem.

O relatório observou que crianças em 24.100 famílias foram submetidas a bullying eletrônico em 2020.

Dos afetados, 24,8 por cento disseram que não denunciaram o assunto à polícia devido à incapacidade da polícia de lidar com tais violações. Cerca de 68,1 por cento disseram ter procurado ajuda de outras partes, incluindo empresas de cartão de crédito ou banco, parentes e amigos ou profissionais.

Na semana passada, um relatório publicado pela Controladoria do Estado de Israel intitulado “Protection of Children on the Net”, revelou muitas falhas na proteção de crianças e menores de crimes cibernéticos, incluindo a falta de uma política governamental para proteger crianças e jovens na web, falta de dados sobre a extensão do cyberbullying, falha na operação da configuração da linha direta para receber denúncias do público sobre ataques a crianças na Internet e o fracasso das delegacias de polícia em lidar com essas violações.

LEIA: Aumentam os ataques cibernéticos contra Israel, segundo reportagem

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