Um tribunal na Argélia condenou in absentia o ex-Ministro de Energia Chakib Khelil a vinte anos de prisão, ao considerá-lo culpado por crimes de corrupção cometidos enquanto exercia o cargo público, entre os anos 2000 e 2010.
Duas semanas após o julgamento de Khelil, uma corte em Argel referendou nesta segunda-feira (14) o pedido da Promotoria Pública para instaurar pena de “vinte anos de prisão, sob mandado de prisão internacional deferido em setembro de 2019”.
O ex-ministro também foi multado em dois milhões de dinares (US$14.233).
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Khelil serviu à presidência de Abdelaziz Bouteflika, até 2010, e deixou o governo sob escândalos de corrupção, quando então fugiu aos Estados Unidos. Três anos depois, um mandado de prisão internacional foi emitido contra ele.
Contudo, em 2016, após seu mandado ser revogado, Khelil retornou à Argélia.
Em 2019, após a queda de Bouteflika, protestos populares passaram a reivindicar a prisão de autoridades de seu governo. O inquérito de corrupção contra Khelil foi então reaberto, o que levou o ex-ministro a deixar novamente o país.
Todas as sentenças foram impostas contra Khelil em sua ausência, dado que o paradeiro exato do político, certa vez influente na arena argelina, é desconhecido. Rumores indicam que esteja de volta aos Estados Unidos, dado que possui cidadania americana.
Recentemente, o governo argelino assumiu novas medidas para combater atos de corrupção pública. Em janeiro, o atual presidente Abdelmadjid Tebboune ordenou a instauração de um órgão para investigar e conter infrações do tipo.