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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel recusa pedido da Ucrânia para comprar sistema antimísseis Domo de Ferro

Sistema antimísseis israelense Domo de Ferro, em 25 de fevereiro de 2016 [AFP/Gil Cohen-Magen/Getty]

Israel recusou a venda de unidades do sistema antimísseis Domo de Ferro à Ucrânia, a fim de evitar atritos com a Rússia, reportou o jornalista israelense Nadav Eyal, em coluna ao Yedioth Ahronoth, segundo informações da agência de notícias Anadolu.

“Em esforço para evitar, a todo custo, seu envolvimento na crise russo-ucraniana, Tel Aviv recusou-se a vender seu sistema de defesa Domo de Ferro a Kiev, para não incomodar os russos”, escreveu o conhecido autor e articulista.

Israel teme ser arrastado ao conflito devido à “presença russa na Síria, o que significa que ambos os países, na prática, compartilham da fronteira”.

Segundo Eyal, a Ucrânia submeteu seu pedido primeiramente aos Estados Unidos, dado que o sistema antimísseis “foi desenvolvido por Israel em conjunto com o Pentágono”.

“Kiev deu início a uma campanha sobre os parlamentares de Washington, para viabilizar o acordo”, acrescentou. “Os ucranianos solicitaram formalmente o destacamento de mísseis Patriot e do Domo de Ferro a seu território, no último ano, antes da invasão tornar-se uma possibilidade concreta”.

Contudo, o acordo israelo-americano “não permite a venda de tecnologia a terceiros sem consentimento mútuo”, reafirmou o colunista.

LEIA: Israel e Marrocos acertam acordo de mísseis de defesa de US$ 500 milhões

Apesar da hesitação da Casa Branca, alguns membros do congresso “incluíram uma emenda à legislação de defesa para 2022, com o intuito de pressionar o executivo a vender ou transferir sistemas antimísseis e de defesa aérea à Ucrânia, incluindo o Domo de Ferro”.

A situação coloca Israel em uma “posição complicada”, enfatizou Eyal. Tel Aviv tem então duas alternativas: recusar o pedido de Washington ou arriscar conflitos com Moscou.

Israel utilizou o Domo de Ferro para interceptar foguetes e mísseis de curto alcance disparados por grupos da resistência palestina, radicados na Faixa de Gaza, enquanto bombardeava áreas civis do território sitiado, em maio do último ano.

Tensões entre Rússia e Ucrânia escalaram recentemente e envolveram Estados Unidos e Europa. Analistas alertam para a possibilidade de uma invasão ao território ucraniano.

Moscou encaminhou recentemente mais de cem mil soldados à região de fronteira, incitando receios de que o Kremlin possa ordenar outra intervenção militar a uma ex-república soviética, semelhante ao que aconteceu no Cazaquistão.

A Rússia, por sua vez, nega preparativos para invadir a nação vizinha, mas acusa os estados ocidentais de sabotar sua segurança, ao aproximar soldados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) a suas fronteiras.

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