O embaixador húngaro Csaba Rada foi convocado pelo Ministério de Relações Exteriores da Autoridade Palestina (AP) para ouvir uma queixa sobre um acordo assinado recentemente entre a cidade de Hafiz e o Conselho Regional de Samaria, que representa assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada.
A chancelaria descreveu o acordo firmado entre a prefeitura europeia e a entidade colonial como “violação flagrante da lei internacional e de resoluções relevantes das Nações Unidas, em particular a Resolução de 2334/2016 do Conselho de Segurança, sobre os assentamentos”.
Ramallah reafirmou que o pacto contradiz posições e políticas da União Europeia.
“Tais acordos dão a Israel luz verde para manter seus atos de agressão contra os palestinos e seus direitos inalienáveis, sobretudo o direito a autodeterminação”, acrescentou o ministério.
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A Hungria, insistiu a Autoridade Palestina, deve impor pressão à potência ocupante (Israel) para interromper suas violações e avanços coloniais sobre terras nativas. “O acordo de Hafiz ignora o sofrimento do povo palestino sob ocupação israelense, perpetuado por políticas de anexação, judaização e deslocamento forçado”.
Em conclusão, a chancelaria reivindicou ao governo húngaro que pressione a prefeitura de Hafiz e adote esforços legais para revogar o tratado, em conformidade com a lei internacional.
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