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Após Suécia ‘sequestrar’ seus cinco filhos, refugiado sírio pede ajuda de Erdogan

‘Eles tiraram nossos quatro filhos de nós após uma reclamação do vizinho. Apesar da investigação não encontrar qualquer sinal de violência, eles jamais devolveram nossas crianças’

Um refugiado sírio apelou ao Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan para ajudá-lo a reaver a custódia de seus cinco filhos, que foram apreendidos por autoridades da Suécia, sem qualquer acesso aos país.

Pouco depois de chegar ao condado de Norrbotten, no norte da Suécia, em 2017, como parte de um programa de reassentamento de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU), Diab Talal e sua família foram divididos pelos serviços de assistência social do país europeu, que levou seus quatro filhos sob alegações de abuso.

Em entrevista à agência de notícias Anadolu, recordou Talal: “”Viemos à Suécia devido à guerra, por meio de uma via bastante sofrida. Estávamos em depressão quando chegamos. Eles tiraram nossos quatro filhos de nós após uma reclamação do vizinho. Apesar da investigação não encontrar qualquer sinal de violência, eles jamais devolveram nossas crianças”.

Seu quinto filho, agora com oito meses, nasceu no último ano, mas foi retirado dos pais logo após o parto. O mais velho tem hoje nove anos de idade. Segundo Talal, as autoridades suecas “entregaram as crianças a diferentes famílias e nos proibiram de vê-los”.

“Nós apelamos a todos os lugares. Resta apenas Deus para nos ajudar”, acrescentou.

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O pai clama agora por socorro do presidente turco, a fim de solucionar a questão. “Peço à Turquia, peço a Erdogan, peço a todo o mundo. Queremos nossas crianças”.

Amal Sheikho, esposa de Talal, confirmou não ver seus filhos mais velhos em mais de quatro anos. “Eles levaram meu bebê cinco minutos após eu dar à luz, no hospital. Não vejo sequer fotografia de minhas outras crianças há quatro anos. Pense como fica uma mãe que teve seus cinco filhos retirados dela”.

O incidente não parece isolado. Outras famílias de refugiados muçulmanos relataram supostos abusos dos serviços de assistência social da Suécia, ao longo dos anos, com base em acusações vagas de violência ou abandono de menores.

‘Sequestro de crianças deslocadas na Suécia é um fenômeno análogo à escravidão, opressão e marginalização’, alega usuário do Twitter

No último domingo (13), um ato foi realizado em frente ao parlamento nacional em Estocolmo, no qual famílias afetadas expressaram seus anseios para reaver seus filhos.

Os refugiados acusam as autoridades e a imprensa europeia de tentar difamá-los.

“Enquanto chorávamos por nossas crianças, éramos rotulados como ‘terroristas’. Tais alegações parecem ressoar o regime sírio de Bashar al-Assad, que também acusa manifestantes de serem ‘terroristas’”, observou Talal.

Autoridades suecas negam rumores de “sequestro”. O Consulado-Geral da Suécia em Istambul reafirmou que os boatos de que “os serviços de assistência social sequestram, aprisionam ou exploram sexualmente crianças muçulmanas … [são] gravemente equivocados e buscam apenas criar tensão e desconfiança”.

O consulado reiterou que as medidas para proteger crianças e adolescentes são embasadas no Ato de Serviços Sociais da Suécia e buscam partir do consentimento entre as partes; contudo, “provisões complementares do Ato de Cuidado de Indivíduos Jovens torna possível, em certos casos, deferir medidas sem consentimento mútuo”.

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