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Iraque tem cláusula de sigilo bancário retirada de dinheiro contrabandeado na Suíça

Um iraquiano conta suas notas de dinar, em 22 de junho de 2017 [Ali Choukeir/AFP/Getty Images]
Um iraquiano conta suas notas de dinar, em 22 de junho de 2017 [Ali Choukeir/AFP/Getty Images]

O Iraque está a um passo para identificar a quantia de dinheiro depositada em bancos suíços pelo antigo regime e recuperá-la, disse ontem o presidente da Comissão Federal de Integridade (Nazaha), juiz Alaa Jawad Al-Saadi.

O oficial disse que o Iraque conseguiu remover as cláusulas de sigilo bancário internacional de fundos contrabandeados em bancos suíços em coordenação com o Tesouro suíço.

Isso faz parte de uma campanha lançada pelo primeiro-ministro, Mustafa Al-Kadhimi, para recuperar os fundos contrabandeados e impedir que a riqueza do país seja drenada por várias empresas e pessoas.

Os fundos contrabandeados são divididos em fundos congelados e descongelados que se acredita serem armazenados principalmente na Suíça e na Escandinávia por membros do antigo regime do falecido presidente Saddam Hussein, bem como dinheiro contrabandeado através de acordos corruptos após a queda do regime de Hussein em 2003.

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O porta-voz do Ministério da Justiça do Iraque Ahmed Laibi disse à Agência Anadolu que se acredita que US$ 150 bilhões tenham sido contrabandeados desde 2003 em negócios corruptos.

Já o membro do Comitê de Integridade do Parlamento Taha Al-Defei disse à Al Jazeera Net que o dinheiro contrabandeado é estimado entre US$ 300 e US$ 350 bilhões.

Tanto Luaibi quanto Al-Defei indicaram que o Iraque não possui dados sobre a quantidade de fundos congelados e descongelados localizados no exterior, porque esses fundos estão registrados em nomes de empresas e indivíduos e seu valor e paradeiro ainda são desconhecidos. Alguns estão na forma de imóveis e fazendas no exterior.

De acordo com a Resolução 1483 da ONU, os Estados-membros concordaram em transferir os fundos depositados por ex-funcionários do regime iraquiano para um fundo voltado à reconstrução do país devastado pela guerra.

No mesmo contexto, Nazaha anunciou que 11.605 funcionários, incluindo 54 ministros, estiveram envolvidos em acordos de corrupção em 2021, com 15.290 acusações contra eles.

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