O Ministro do Interior do Líbano Bassam Mawlawi alegou ter solicitado às autoridades que indiciem os organizadores de um simpósio realizado em Beirute por um grupo da oposição barenita, criminalizado em seu país, segundo informações da agência Anadolu.
Na terça-feira (15), a Sociedade al-Wefaq realizou um evento na capital libanesa, para marcar o aniversário dos protestos que se deflagraram contra o regime no Bahrein, em 2011.
Em nota, Mawlawi exortou a Promotoria Pública a “indiciar organizadores e conferencistas”.
De acordo com o ministro, o grupo de oposição atacou “autoridades barenitas, em particular, e os países do Golfo, em geral, sem obter aprovação administrativa com antecedência, conforme princípios legais”.
O simpósio também contribuiu para “obstruir a missão oficial libanesa de fortalecer laços com os estados árabes do Golfo”, enfatizou Mawlawi.
O ministro havia previamente proibido a realização do evento, nesta semana, em um hotel de Beirute. Contudo, os organizadores foram adiante em outro salão da mesma região.
Em 12 de dezembro do último ano, o Bahrein confirmou ter registrado uma queixa “bastante assertiva” junto do governo libanês, ao alegar que Beirute estava recebendo uma conferência “hostil” à monarquia árabe.
Uma crise diplomática eclodiu em outubro, entre Líbano e países do Golfo, incluindo Bahrein, após emergir um vídeo do então Ministro da Informação George Kordahi criticando o conflito no Iêmen, sob intervenção militar liderada pela Arábia Saudita.
Em janeiro, o Ministro de Relações Exteriores do Kuwait Ahmed Nasser al-Mohammad al-Sabah visitou o Líbano para tentar solucionar as tensões diplomáticas com os estados do Golfo.
LEIA: Drone lançado do Líbano fura defesa militar israelense