O Comitê 302 de defesa dos direitos dos refugiados palestinos disse nesta segunda-feira (21), ter “grande preocupação” com o fracasso da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), em responder às demandas dos refugiados palestinos da Síria no Líbano.
“Depois de mais de 40 dias desde o protesto dos refugiados palestinos deslocados da Síria em frente ao escritório regional da UNRWA no Líbano, a agência ainda está culpando os países doadores, alegando não não ter os valores exigidos pelos protestos e ou interação positiva com suas demandas pelo direito (dos refugiados) de viver com dignidade.”, declarou o comite
A UNRWA fez um apelo aos países doadores que assumam suas responsabilidades e façam mais esforços para cobrir “todas as demandas legítimas e justas” de cerca de 29.000 refugiados palestinos deslocados da Síria para o Líbano. O comite 302 lembrou as demandas dos manifestantes vêm desde 10 de janeiro, e se resumem ao reembolso das mensalidades suficientes para pagar aluguel de moradia, auxílio alimentação, assistência urgente de inverno para aquecimento e compra de roupas para crianças.
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Eles também buscam oportunidades de emprego, emissão de documentos de identidade e residência para os deslocados, cobertura integral de custos hospitalares, subsídio de transporte para todos os alunos da escola e valor das mensalidades universitárias para estudantes.
No início deste ano, a UNRWA deixou de pagar 100 dólares mensais a cada família palestina-síria e reduziu os subsídios individuais de 27 para 25 dólares, nos casos de um montante suplementar de 150 dólares a cada família, em duas parcelas, durante o ano. De acordo com estatísticas da UNRWA, em campanha por doações, o número de refugiados palestinos deslocados da Síria para o Líbano chegou a cerca de 27.000 até 2020, a maioria dos quais vive em difíceis condições humanitárias e sociais.
O Comite 302 tem esse nome em razão da Resolução (IV), que deu a UNRWA o mandato inicial de fornecer “ajuda direta e programas de trabalho” aos refugiados da Palestina