Autoridades iranianas acusaram a OTAN de provocar a atual crise na Ucrânia e instaram todos os lados a chegar a uma solução pacífica.
Na quinta-feira (24), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Saeed Khatibzadeh, culpou os Estados Unidos e a OTAN pela operação militar da Rússia no leste da Ucrânia.
“As ações provocativas contínuas da Otan, lideradas pelos EUA, causaram a situação atual na Eurásia”, disse ele, segundo a agência Fars.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, também culpou as potências ocidentais. “A crise na Ucrânia está enraizada nas provocações da Otan”, escreveu ele no Twitter.
“Não acreditamos que recorrer à guerra seja uma solução. É imperativo estabelecer um cessar-fogo e encontrar uma resolução política e democrática”, acrescentou.
Desde o início da crise na Ucrânia, as midias farsi próximas aos formuladores de políticas no Irã apoiaram amplamente a decisão da Rússia de enviar tropas para duas regiões do leste da Ucrânia.
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Na quarta-feira, o diário iraniano que pertence ao governo do presidente Ebrahim Raisi cobriu os últimos acontecimentos na Ucrânia sob a manchete: “Vitória russa sem dor de cabeça”.
No mesmo dia, a primeira página do diário pró-conservador Kayhan trazia a manchete: “O duro golpe da Rússia contra os EUA”.
O diário, que é efetivamente o porta-voz do líder supremo do Irã, saudou a decisão do presidente russo, Vladimir Putin, de enviar tropas para as regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, na Ucrânia.
“Como foi previsto, os peões ucranianos se tornaram os perdedores de um perigoso jogo de xadrez entre os EUA e a Rússia”, escreveu Kayhan.
“Parece que o governo ucraniano esqueceu que em uma batalha de elefantes, o gramado seria danificado”, acrescentou o diário.
O jornal Jam-e Jam, afiliado ao Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC), também saudou a medida e publicou uma foto de ativistas pró-Rússia agitando bandeiras russas em Donetsk em sua primeira página.
“Sem dúvida, o que aconteceu na Ucrânia foi causado pela abordagem intervencionista dos países ocidentais (especificamente os EUA e o Reino Unido) em relação à Ucrânia”, escreveu o Jam-e Jam.
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