Nesta quarta-feira (23), hackers filiados à Guarda Revolucionária do Irã divulgaram vídeos obtidos de câmeras de segurança dos dois maiores portos de Israel, além de detalhes de centenas de trabalhadores das instalações.
Segundo o jornal Times of Israel, o grupo alegou hackear o circuito interno dos portos de Haifa e Ashdod, ao compartilhar as imagens em grupos do Telegram. Os registros mostram profissionais em seus escritórios e nos portões de acesso.
Informações pessoais, incluindo documentos de identidade, foram também divulgados. Autoridades portuárias, todavia, negaram à televisão israelense que os registros foram apreendidos de suas câmeras de segurança, mas sim de uma empresa terceirizada.
Segundo informações, as imagens são datadas e a invasão ocorreu em março de 2014.
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Contudo, não há detalhes de como os hackers conseguiram obter as informações pessoais.
Pesquisadores da agência de segurança SentinelLabs identificaram uma suposta “ameaça alinhada a Teerã” na região do Oriente Médio e nos Estados Unidos.
O grupo foi batizado de “TunnelVision” devido ao uso de ferramentas de tunelamento em operações de ransomware, ao explorar vulnerabilidade na biblioteca Log4j.
Segundo as informações, o vazamento de ontem foi uma retaliação a uma invasão israelense a portos iranianos. Em 2020, os computadores que regulam o tráfego naval no porto de Shahid Rajaee, no estreito de Ormuz, travaram simultaneamente.
Israel é também suspeito de invadir instalações nucleares iranianas, no último ano.