França vai banir dois grupos de solidariedade à Palestina

O ministro do Interior da França anunciou que está proibindo duas organizações de solidariedade à Palestina a pedido do presidente francês, Emmanuel Macron.

Gerald Darmanin twittou ontem que ele se moverá para dissolver o Palestine Vaincra (Palestine Will Win) e o Comité Palestine Action (Palestine Action Committee).

“Sob o pretexto de apoiar a causa palestina, o governo acusa os grupos de promover o ódio a Israel”, informou o jornal francês Europe 1.

Fundada em 2019, o Palestine Vaincra é acusado pelo governo “de apelar ao ódio, à discriminação e à violência”.

Darmanin acrescentou que a França também o acusa de ter ligações com a Frente Popular de Libertação da Palestina, um grupo banido pela ocupação israelense.

Isso ocorre após uma série de “dissoluções” impostas pelo Estado francês, incluindo uma ordem para dissolver o Coletivo Contra a Islamofobia na França, bem como várias organizações de esquerda e antirracistas.

Em resposta, o Palestine Vaincra denunciou a medida como “um ataque contra o movimento de solidariedade para com a Palestina e todas as forças antirracistas”.

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Em um comunicado, seu porta-voz, Tom Martin, disse: “Condenamos esee anúncio nos termos mais fortes e estamos preparando uma resposta legal e política”.

O Palestine Vaincra faz parte da Samidoun, a Rede de Solidariedade dos Prisioneiros Palestinos, designada por Israel como afiliada da Frente Popular para a Libertação da Palestina.

De acordo com o Europe 1, Darmanin acusa o Palestine Vaincra de alegar que os muçulmanos em todo o mundo são oprimidos pelo “imperialismo e sionismo mundial” e por “espalhar a ideia de que existe islamofobia em nível global”.

Além disso, o governo Macron está proibindo o Comité Action Palestine por “retransmitir comunicados do Hamas e da Jihad Islâmica na Palestina e do Hezbollah e por relatar suas ações”, acrescentou o Europe 1.

Em seu site, o Comité Action Palestine, com sede em Bordeaux, descreve-se como um grupo que “trabalha pela realização dos direitos nacionais do povo palestino, em particular o direito à autodeterminação e o direito de retorno dos refugiados, ou seja, a libertação da terra árabe da Palestina.”

Uma petição online foi criada pelo Palestina Vaincra cobrando Darmanin e o presidente Macron por seu apoio ao apartheid israelense e por apoio público contra a criminalização do movimento de solidariedade com a Palestina.

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