A Autoridade Palestina disse, na segunda-feira, que padrões duplos internacionais são a principal razão para mais injustiça em todo o mundo, informou a agência de notícias Wafa.
O Ministro das Relações Exteriores e Expatriados da AP, Riyad Al-Maliki, disse na 49ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra que os palestinos há muito sofrem as injustiças e frustrações dos padrões duplos aplicados pela comunidade internacional. O contexto foi a discussão sobre a invasão russa da Ucrânia, em que centenas de civis já foram mortos e feridos.
Al-Maliki afirmou que a potência ocupante, Israel, “recebe um status indefensável de tratamento excepcional que lhe permite continuar cometendo crimes com total e abjeta impunidade”.
Ele enfatizou que o sofrimento de centenas de famílias palestinas em Jerusalém e em outros lugares da Cisjordânia ocupada se deve a viver com a ansiedade intolerável da desapropriação pendente. Em Sheikh Jarrah e Silwan, por exemplo, as famílias palestinas “estão no meio da batalha de suas vidas para proteger suas casas do confisco ou demolição e impedir sua Nakba em andamento”.
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O funcionário da AP acusou aqueles que participam da reunião anual de simplesmente falar e emitir declarações.
“No entanto, a realidade para milhões de vítimas de violações flagrantes de direitos humanos continua a se deteriorar, seu direito à justiça continua sendo negado e a cultura da impunidade está ainda mais arraigada”, explicou. “Este ano, convido todos os meus colegas a examinar e remediar a razão por trás desse estado de coisas, que pode ser resumido em duas palavras: dois pesos e duas medidas.”
A verdade, acrescentou Al-Maliki, é que o respeito ao direito internacional, incluindo o direito internacional dos direitos humanos e o direito humanitário, é garantido de forma seletiva, não universal.