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Segundo polícia sudanesa, 130 pessoas ficaram feridas em protestos em Cartum

Forças de segurança intervêm contra manifestantes durante um protesto exigindo que o Conselho de Soberania, que está sob regime militar, seja dissolvido e a administração seja entregue aos civis o mais rápido possível em Cartum, Sudão, em 14 de fevereiro de 2022 [Mahmoud Hjaj/Agência Anadolu]

A polícia sudanesa anunciou hoje que 130 pessoas ficaram feridas durante os protestos de ontem na capital Cartum, 96 das quais eram oficiais e 34 manifestantes.

As forças policiais “tomaram todas as medidas necessárias para garantir as manifestações e lidaram com elas com força legal razoável”, acrescentaram.

O comunicado acusa “alguns dos manifestantes de agredirem as forças policiais”, salientando que “os dispersaram com gás lacrimogêneo e que as manifestações resultaram na lesão de 96 dos seus militares e de 34 cidadãos que foram levados para o hospital”.

“Um veículo da polícia e oito veículos pertencentes ao Ministério das Finanças foram destruídos e 77 manifestantes foram presos.”

A declaração indicava que “a morte de uma pessoa foi registrada em circunstâncias misteriosas fora das manifestações na cidade de Omdurman, a oeste da capital, e todas as medidas foram tomadas para identificar a causa da morte”.

O Comitê Central dos Médicos do Sudão anunciou ontem que duas pessoas foram mortas nas manifestações de 28 de fevereiro na capital, Cartum, com balas reais.

Ontem, as forças de segurança dispararam gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes depois que chegaram ao portão sul do palácio presidencial, segundo o correspondente da Agência Anadolu e testemunhas oculares.

Os manifestantes exigiam o governo civil.

Desde 25 de outubro, o Sudão tem assistido a protestos em resposta a medidas excepcionais, nomeadamente a imposição do estado de emergência e a dissolução do Conselho de Soberania e do Conselho de Ministérios, que as forças políticas consideram um “golpe militar”, acusação que o exército nega.

LEIA: Novos apelos clamam pela soltura de manifestantes detidos no Sudão

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