Os embaixadores do grupo G7 pediram ao Egito que emita uma “condenação clara” à invasão russa injustificada e apoie “a integridade territorial e a soberania da Ucrânia”, enfatizando que o grupo está trabalhando para impor mais sanções à Rússia nos próximos dias.
Os embaixadores dos EUA, da UE, do Reino Unido, do Canadá, da França, da Alemanha, da Itália e do Japão disseram em comunicado conjunto ontem que, em seu ataque à Ucrânia, “o governo russo está quebrando as regras mais elementares da ordem internacional de uma maneira sem precedentes diante dos olhos do mundo”.
A declaração expressou sua esperança de que o governo egípcio “sustente os mesmos princípios de paz, estabilidade e integridade da ordem baseada em regras internacionais”. Observou que aguarda com expectativa a adesão dos parceiros do G7, incluindo o Egito, aos princípios básicos da Carta da ONU.
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A declaração acrescentou: “O que precisamos agora é uma condenação clara e unânime desse ataque por todos os Estados-membros da ONU à luz de sua agressão militar”, acrescentando: “Precisamos apoiar a Ucrânia e reiterar nosso compromisso inabalável com a integridade territorial e soberania da Ucrânia dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas e pela Carta da ONU”.
O comunicado observou que o Egito já está sofrendo por causa do ataque russo, sobretudo porque é o maior importador de trigo do mundo, e a Ucrânia é uma das maiores fornecedoras. “Agora esse comércio vital está ameaçado por uma guerra desnecessária, infligida à Ucrânia pela Rússia”, segundo o comunicado.
Mencionou também que o ataque russo à Ucrânia levará ao aumento dos preços do trigo e dos alimentos no Egito e na África.
Os embaixadores do G7 enfatizaram a necessidade de tomar medidas fortes e decisivas contra o regime de Putin, implementando sanções abrangentes contra grandes setores da economia russa.
A declaração conjunta indicou que a tentativa da Rússia de desestabilizar a ordem internacional também terá repercussões no Oriente Médio e na África, incluindo o Egito, enfatizando que a comunidade internacional “não pode aceitar violações injustificadas dos princípios da Carta das Nações Unidas, em particular a proibição do uso da força”.