A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Shabia Mantoo, criticou os padrões duplos aplicados por alguns países ocidentais contra os refugiados.
Em um comunicado à imprensa na terça-feira, Mantoo explicou que declarações racistas abertas de alguns políticos e jornalistas ocidentais causaram discriminação contra refugiados.
Ela acrescentou que o uso dos termos “como brancos e europeus” em referência a refugiados ucranianos e expressões abusivas em relação a refugiados sírios e afegãos causaram uma onda de críticas generalizadas.
“Não importa qual é a identidade deles (dos refugiados) ou de onde eles vêm. Vamos ser um pouco mais humanos e compassivos”, disse ela.
LEIA: Imagem de Ahed Tamimi é postada como sendo de ucraniana confrontando soldados da Rússia
“Não precisamos desse tipo de retórica. Essa situação é muito trágica para refugiados da Ucrânia, da Síria, do Afeganistão e de outros países. Ninguém quer ser refugiado”, acrescentou.
Durante uma transmissão ao vivo dos eventos na Ucrânia, a correspondente da NBC Kelly Cobiella disse: “Francamente, esses não são refugiados da Síria. São refugiados da Ucrânia. São cristãos. São brancos. São muito parecidos com pessoas que moram na Polônia”, o que gerou uma onda de críticas nas redes sociais.
Mais cedo, as Nações Unidas anunciaram que 660.000 refugiados ucranianos cruzaram para países vizinhos após o ataque russo, acrescentando que mais de 470.000 cidadãos de outros países ainda estavam presos na Ucrânia.
Na quinta-feira passada, a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia.