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Roubar terras não muda a realidade em campo, alerta parlamentar palestino

Protesto contra o despejo de famílias de Sheikh Jarrah, para substituí-las por colonos ilegais, em Jerusalém Oriental ocupada, 11 de fevereiro de 2022 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

O parlamentar palestino Ahmad Attoun reafirmou nesta quarta-feira (2) que a expropriação de terras palestinas por parte de Israel, sobretudo em Jerusalém ocupada, não altera a realidade em campo, reportou o Centro de Informações Palestino.

Seus comentários servem de resposta a uma decisão do Comitê de Construção e Planejamento de Israel de confiscar parte de um cemitério islâmico centenário localizado a leste da Mesquita de Al-Aqsa — o cemitério de Al-Yusufiyah.

O parlamentar, expulso de Jerusalém pela ocupação, destacou que o roubo de terras reflete a persistência israelense em “judaizar a Cidade Velha e mudar sua identidade própria”.

“Trata-se de uma política para judaizar a Cidade Sagrada, impor a narrativa israelense e perpetuar a agressão sobre o patrimônio islâmico e palestino e sinais de sua civilização”, acrescentou Attoun.

O parlamentar descreveu o silêncio internacional sobre a demolição de al-Yusufiyah e a exumação de seus sepulcros como “chocante”.

Attoun então conclamou ações populares e oficiais nos territórios palestinos e no mundo árabe e islâmico para responder aos arbítrios israelenses.

Ao concluir, o parlamentar destacou que a ocupação não terá êxito em apagar o patrimônio palestino de Jerusalém — “pois Jerusalém é parte de nossa fé”.

LEIA: Israel obriga duas família palestinas a demolir suas casas em Jerusalém ocupada

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