A Austrália listou, na sexta-feira, todo o grupo islâmico palestino Hamas como uma organização terrorista, chamando a medida de um impedimento à violência política e religiosa e alinhando a Austrália com os Estados Unidos, a União Europeia e a Grã-Bretanha, relatou a Reuters.
A Austrália proscreveu por duas décadas a ala paramilitar do Hamas, as Brigadas Izz Al-Din Al-Qassam, como uma organização terrorista, mas sinalizou no mês passado que queria atualizar a lista para toda a organização, um processo que envolveu a consulta aos líderes estaduais e territoriais da Austrália.
A mudança coloca a Austrália em sintonia com seus aliados, que também estão se movendo para fortalecer sua oposição ao órgão governante de Gaza, citando seu acesso a armamento sofisticado e instalações de treinamento terrorista.
“As ideologias odiosas dos grupos terroristas e daqueles que os apoiam não têm lugar na Austrália”, disse a ministra do Interior, Karen Andrews, em comunicado.
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“Nossas leis fortes visam não apenas atos terroristas, mas também as organizações que planejam, financiam e realizam esses atos abomináveis”, acrescentou.
A listagem de organizações foi um impedimento ao extremismo violento e enviou uma mensagem de que a Austrália condenou o uso da violência para alcançar objetivos políticos, religiosos ou ideológicos, acrescentou.
Proscrever uma organização na Austrália torna ilegal fornecer fundos, suporte ou serviços.
O Hamas tem alas políticas e militares, ambas agora designadas. Ele governa a Faixa de Gaza desde uma guerra civil em 2007, quando expulsou forças leais ao presidente palestino, Mahmoud Abbas, apoiado pelo Ocidente. Abbas continua dominante nas áreas autogovernadas palestinas da Cisjordânia ocupada por Israel.
A Austrália vem construindo sua lista de grupos terroristas designados, que agora somam 28. Recentemente, listou outros três grupos: Hay’at Tahrir Al-Sham e Hay’at Tahrir Al-Sham, com sede na Síria, e a Ordem Nacional Socialista, um grupo sediado nos Estados Unidos.
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