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Dois terços das famílias deslocadas no Iêmen não têm renda, diz Unicef

Refugiados iemenitas são vistos em um campo em Taiz, Iêmen, em 20 de novembro de 2021 [Abdulnasser Alseddik/Agência Anadolu]

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) anunciou, na quinta-feira (03), que cerca de dois terços das famílias deslocadas no Iêmen não têm nenhuma fonte de renda.

“O conflito no Iêmen fez com que muitos cidadãos fugissem de suas casas para locais de deslocamento em busca de segurança”, disse o órgão da ONU em seu site. A Unicef observou que as famílias deslocadas não apenas vivem em condições precárias, mas também sofrem com a escassez aguda de serviços para atender às suas necessidades básicas.

“Sessenta e quatro por cento das famílias deslocadas internamente não têm fontes de renda. Como resultado, duas em cada três famílias deslocadas internamente recorrem a mecanismos negativos de sobrevivência para sobreviver”, explicou a Unicef, citando uma avaliação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR, na sigla em inglês). “Isso inclui pular refeições, tirar os filhos da escola ou negligenciar a saúde. Eles podem acabar mendigando na rua.”

Em 20 de janeiro, a ONU anunciou que o número de pessoas deslocadas pelo conflito no Iêmen havia subido para 4,2 milhões. O governo iemenita apelou à ONU e a outras organizações internacionais para fornecer ajuda às pessoas deslocadas que enfrentam condições humanitárias extremamente difíceis.

Segundo a ONU, até o final de 2021, a guerra no Iêmen matou 377.000 pessoas e deixou a maior parte da população de 30 milhões dependente de ajuda humanitária.

LEIA: Sob comando temporário dos Emirados, Conselho de Segurança da ONU aprova sanções contra os houthis

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