Dois profissionais estrangeiros da organização assistencial Médicos Sem Fronteiras (MSF) foram sequestrados na província de Hadramout, no leste do Iêmen, reportou uma fonte de segurança à agência de notícias Reuters. Outras duas fontes locais confirmaram o incidente.
A entidade afirmou à Reuters ter perdido com contato com parte de sua equipe no Iêmen, mas não concedeu detalhes por temores relacionados à segurança dos indivíduos em cativeiro.
Conforme os relatos, um dos funcionários é cidadão alemão e o outro, mexicano. Ambos foram abordados em seu carro por atiradores possivelmente filiados à célula terrorista da Al Qaeda na Península Arábica.
Grupos radicais islâmicos estão entre os fatores que desestabilizam o Iêmen, assolado por uma guerra de larga escala e pela subsequente crise humanitária.
Em fevereiro, cinco funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU) — dentre os quais, quatro cidadãos iemenitas — foram sequestrados na província de Abyan. A responsabilidade sobre este episódio também parece recair a militantes da Al Qaeda.
O grupo costuma agir no sul e leste do território iemenita, que permanece dividido há mais de sete anos entre rebeldes houthis — ligados ao Irã, radicados no norte — e o governo reconhecido internacionalmente — ligado à Arábia Saudita, instalado no sul do país.
A Al Qaeda aproveitou a instabilidade no Iêmen, após a deposição do governo em Sanaa, em 2014, para criar “micro-estados”. Contudo, supostamente foi dissolvida pela coalizão militar saudita que enfrenta os houthis no Iêmen.
O grupo também é alvo de ataques aéreos dos Estados Unidos.
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