O Primeiro-Ministro do Governo de União Nacional da Líbia, Abdul Hamid Dbeibeh, demandou “coragem” a seu gabinete de ministros para preservar suas responsabilidades, ao reafirmar sua recusa em ceder o governo a Fathi Bashaga, indicado ao cargo pelo parlamento de Tobruk.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Há receios de que a Líbia possa retornar a uma veemente divisão política ou guerra civil, após a Câmara de Representantes radicada no leste do país escolher Bashaga como novo premiê, para substituir a administração de Dbeibeh.
Durante reunião de seu gabinete na capital Trípoli, neste domingo (6), Dbeibeh exortou ministros a ignorar rumores e tomar decisões com “audácia e coragem”.
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No dia anterior, Bashaga enviou uma carta a instituições de estado, incluindo autoridades judiciárias, para que “desconsiderem quaisquer decisões emitidas pelo Governo de União Nacional”, ao alegar que seu mandato “expirou”.
Dbeibeh acusou o parlamento em Tobruk e o Supremo Conselho de Estado de “tentar impor uma nova realidade política, a começar pelo fechamento da Corte Constitucional, para estabelecer um governo paralelo, apesar das divergências entre todas as partes interessadas”.
O premiê reafirmou também que o plano de seu governo “continua em vigor” e insistiu em sua legitimidade, resultante dos Acordos de Genebra, do Fórum de Diálogo Político, da Conferência de Paris e resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Dbeibeh confirmou ter encaminhado uma proposta de solução política sobre a crise vigente, cuja prerrogativa são eleições parlamentares até o mês de junho. “Eleições presidenciais e a constituição serão aprovadas após a escolha de um novo parlamento”, acrescentou.