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Israel planeja conceder cidadania a cem mil ucranianos

Israel recebe refugiados judeus da guerra na Ucrânia, no Aeroporto Internacional Ben Gurion, perto de Tel Aviv, 6 de março de 2020 [MENAHEM KAHANA/AFP via Getty Images]

A Ministra do Interior de Israel Ayelet Shaked, notória militante colonial de extrema-direita, informou que seu governo está preparando um plano para absorver até cem mil refugiados ucranianos que deixaram seu país devido à invasão russa, reportou a imprensa local.

Segundo o jornal Times of Israel, Shaked e o Ministro de Relações Exteriores Yair Lapid estão promovendo uma nova política para assegurar um ano de residência e visto de trabalho aos ucranianos que fogem da guerra.

Na sexta-feira (4), Shaked confirmou que 1.555 ucranianos chegaram a Israel desde o início do conflito; dentre os quais, ao menos 150 “elegíveis para cidadania israelense conforme a Lei do Retorno”. O estado israelense permite o “retorno” de estrangeiros judeus, mas nega o legítimo direito de retorno aos palestinos que vivem na diáspora.

“Nos preparamos para absorver e conferir cidadania imediata a cerca de cem mil judeus que são elegíveis”, declarou Shaked. “Todavia, mostramos flexibilidade e disposição para auxiliar cidadãos ucranianos em geral”.

Na quinta-feira, Shaked previu que um grande número de refugiados judeus que fogem da guerra na Ucrânia podem migrar a Israel. “Penso que dezenas de milhares, senão centenas de milhares de imigrantes podem chegar da Rússia, da Ucrânia e de ex-estados soviéticos”, reiterou Shaked durante coletiva com oficiais do Conselho Regional de Golã.

LEIA: Israel decepciona presidente da Ucrânia

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