Membros da Coalizão Nacional de Forças Revolucionárias e de Oposição da Síria reuniram-se com o Secretário-Geral da Liga Árabe Ahmed Aboul Gheit para discutir o assento vago do país levantino na organização regional.
Em novembro de 2011, a Liga Árabe congelou a filiação de Damasco, após o presidente Bashar al-Assad adotar meios violentos para reprimir uma revolução popular por democracia.
Em maio de 2013, ministros de política externa dos países árabes cederam o assento à coalizão oposicionista. Até o ano seguinte, políticos revolucionários compareceram às reuniões de cúpula; contudo, deixaram de ser convidados sob divergências políticas dos estados-membros.
Neste domingo (6), a coalizão confirmou no Twitter que o encontro com Aboul Gheit abordou “o papel da Liga Árabe como avalista da transição política na Síria”, além da necessidade de isolar o atual regime, sem legitimidade política ou econômica para negociar uma solução à crise.
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“Aboul Gheit ouviu com interesse a delegação da coalizão”, afirmou em comunicado a entidade regional. “Aboul Gheit destacou que a solução política permanece como única saída para a crise e é preciso fazer todo o possível para superar a tragédia”.
No fim do último ano, o chanceler emiradense Abdullah Bin Zayed al-Nahyan visitou Assad para reaproximar as partes e restituir laços econômicos.
Em 2018, os Emirados Árabes Unidos reabriram embaixada na capital síria, seguido por Bahrein. A embaixada do regime assadista em Manama, segundo relatos, também opera normalmente.
Apesar da pressão dos Estados Unidos, o regime emiradense enviou uma grande delegação de negócios à Feira Internacional de Damasco, meses após reabrir sua missão diplomática no país assolado pela guerra civil há mais de dez anos.
Voos diretos entre Damasco e cidades emiradenses, como Dubai e Sharjah, foram retomados em 20 de junho do último ano, confirmou o Ministério dos Transportes da Síria.