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Sudão proíbe protestos populares

Forças de segurança intervêm contra manifestantes durante um protesto exigindo que o Conselho de Soberania, que está sob regime militar, seja dissolvido e a administração seja entregue aos civis o mais rápido possível em Cartum, Sudão, em 28 de fevereiro de 2022 [Mahmoud Hjaj/Agência Anadolu]

As autoridades sudanesas anunciaram a proibição de manifestações e reuniões no centro de Cartum depois que os comitês de resistência pediram a organização de manifestações populares para exigir o governo civil.

O Comitê de Coordenação de Segurança do Estado de Cartum, chefiado pelo governador de Cartum, Ahmed Othman Hamza, disse em um comunicado: “A área central de Cartum é uma área restrita, desde a ferrovia no sul até o Comando Geral do Exército no leste e se estendendo até o Nilo Rua no norte, e reuniões não são permitidas lá”, de acordo com a Agência de Notícias do Sudão.

O comunicado acrescenta que “a liberdade de expressão é um direito garantido pela Carta Constitucional para o Período de Transição de 2019. O trânsito será normal na segunda-feira e as pontes estarão abertas”.

O comitê confirmou que está pedindo aos cidadãos que se coordenem com seus comitês de segurança e fiquem longe de hospitais e instituições de ensino.

O Comitê Central de Médicos do Sudão (CCSD, na sigla em inglês) anunciou que duas pessoas foram mortas nas manifestações de 28 de fevereiro na capital, Cartum, após serem atingidas por balas reais.

Desde 25 de outubro, o Sudão tem testemunhado protestos contra medidas excepcionais impostas pelo chefe militar, Abdel-Fattah Al-Burhan, principalmente a declaração de estado de emergência e a dissolução do Conselho de Soberania e do Conselho de Ministros.

LEIA: Mais de 50 manifestantes são feridos em comícios antimilitares no Sudão

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