A vice-chefe da Missão da União Europeia no Iêmen, Marion Lallis, disse ontem que o Iêmen é “um dos países mais difíceis do mundo para as mulheres”, informou a Agência Anadolu.
Na véspera do Dia Internacional da Mulher, Lallis disse: “A participação de mulheres e homens é essencial para alcançar a paz e o desenvolvimento sustentável no país”, enfatizando o compromisso da UE de “empoderar as mulheres iemenitas em todos os campos”.
“Todos os projetos da UE no Iêmen, em particular, se concentram no empoderamento das mulheres. A União Europeia apoia uma presença mais forte de mulheres iemenitas em cargos de alto escalão do governo, no processo de paz e na economia”, acrescentou.
O empobrecido Iêmen é assolado pela violência e pelo caos desde 2014, quando os houthis invadiram grande parte do país, incluindo a capital, Sanaa. A crise aumentou em 2015, quando uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita lançou uma campanha aérea devastadora com o objetivo de reverter os ganhos territoriais houthis.
A guerra, na qual os Estados Unidos e o Reino Unido apoiam a coalizão liderada pela Arábia Saudita, custou a vida de mais de 377.000 iemenitas e deixou 80 por cento da população – cerca de 30 milhões de pessoas – dependentes de ajuda para sobreviver, segundo dados da ONU.
No final de 2021, a guerra levou a US$ 126 bilhões em perdas para a economia do país.
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