Portuguese / English

Middle East Near You

Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Farmacêutica espancada por colegas por não usar véu é libertada da cadeia no Egito

Isis Moustafa [@proiqra/Twitter]

Isis Moustafa, vítima de linchamento por colegas mulheres ao recusou-se a usar o véu islâmico (hijab), posteriormente presa pelas forças de segurança do Egito, foi enfim libertada da cadeia. Todavia, aguarda agora julgamento.

Em outubro, um vídeo viralizou no qual a farmacêutica, então com 27 anos, era arrastada pelos cabelos e agredida por suas colegas de trabalho.

O incidente ocorreu no centro de saúde de Zagazig, na província de Sharkia, norte do país. Entretanto, Isis denunciou ainda diversos outros abusos perpetrados no local de trabalho.

Não obstante, quando Isis decidiu registrar um boletim de ocorrência na delegacia local, os policiais a detiveram, ao acusá-la de “propagar notícias falsas, envolvimento com um grupo terrorista e perturbação da ordem pública”.

Ao reivindicar sua soltura imediata, organizações de direitos humanos repudiaram o caso como detenção arbitrária. Grupos por direitos das mulheres insistem que vítimas de abuso e estupro costumam ser criminalizadas no Egito; seus agressores permanecem livres.

Em maio de 2020, uma jovem de 17 anos foi presa ao denunciar nas redes sociais um grupo de homens por estuprá-la. Menna Abdelaziz foi indiciada por “promover a devassidão”. Após uma veemente campanha por justiça, eventualmente foi liberada.

Em junho do mesmo ano, ativistas convocaram manifestações contundentes pela prisão de homens envolvidos no infame caso do Hotel Fairmont Cidade do Nilo. Herdeiros ou figuras influentes, muitos réus do escandâlo de estupro coletivo, fugiram do país.

Mais tarde, autoridades prenderam quatro pessoas indiciadas no caso. No entanto, quatro testemunhas também foram presas apesar de promessas de confidencialidade e proteção.

As testemunhas permaneceram encarceradas por quase cinco meses, submetidas a exames anais e teste de drogas e difamadas pela mídia estatal como parte de uma suposta rede de homossexuais que difundiam a AIDS no país.

Um jovem egípcio que somente acompanhava uma das testemunhas na delegacia, a fim de conceder apoio, foi detido por sua “orientação sexual”.

A Promotoria Pública do Egito libertou os homens acusados de estupro coletivo, sob pretexto de que não havia provas suficientes para indiciá-los e prosseguir com o caso.

LEIA: Aumento dos preços do petróleo está afetando negativamente o Egito, diz ministro do Petróleo

Categorias
ÁfricaEgitoNotícia
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments