Israel emitiu quase 10.600 proibições de viagem contra palestinos da Cisjordânia em 2021, revelaram números da Coordenação de Atividades Governamentais nos Territórios (Cogat, na sigla em inglês) do Ministério da Defesa de Israel.
Divulgados após um pedido de liberdade de informação feito pela organização israelense de direitos humanos HaMoked, os números mostram que Israel impediu 10.594 palestinos de viajar para o exterior por razões de segurança. O número leva em consideração os palestinos que tiveram proibições de viagem impostas a eles, e não aqueles que foram impedidos de viajar nas fronteiras.
Os palestinos na Cisjordânia ocupada não têm permissão para usar o aeroporto de Israel para viajar e, em vez disso, precisam usar a Ponte Rei Hussein (ponte Allenby) para a Jordânia como porta de entrada para o mundo exterior. Para fazer isso, eles têm que passar por três oficiais de imigração: um oficial da Autoridade Palestina, um israelense e um jordaniano.
Embora alto, o número é significativamente menor do que o número de proibições emitidas em 2017, quando 13.937 palestinos foram afetados.
A HaMoked disse que, em alguns casos, oficiais israelenses pedem aos palestinos que assinem um formulário declarando que “se absterão de terrorismo”. “Está claro a partir disso que essa restrição, que viola gravemente o direito à liberdade de movimento, é imposta de forma leve e arbitrária”, disse Jessica Montell, diretora executiva da organização.
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