O Presidente da Venezuela Nicolás Maduro preservou seu apoio ao tradicional aliado Vladimir Putin, apesar de ofertas tentadoras de Washington para que o país latino-americano aumente sua produção de petróleo e ajude a conter o impacto das sanções contra a Rússia.
Oficiais da Casa Branca viajaram a Caracas com a promessa de acesso ao mercado americano.
Venezuela e outros vizinhos foram surpreendidos por visitas de oficiais do Departamento de Estado dos Estados Unidos, logo após Moscou lançar sua operação militar contra a Ucrânia.
Jornais venezuelanos justificaram a eventual aproximação pela diferença de ponto de vista entre o presidente democrata Joe Biden e seu antecessor republicano, Donald Trump, que chegou a ameaçar uma guerra contra Maduro para destituí-lo do poder.
LEIA: O conflito russo-ucraniano e as fragilidades econômicas do Brasil
Empresas americanas aumentaram sua importação de petróleo russo após ser instituído um embargo sobre as vendas venezuelanas.
A despeito das novas promessas feitas por Washington, o governo em Caracas reafirmou que qualquer aumento em sua produção depende de coordenação com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Apesar do contato com a Casa Branca, a Venezuela manteve seu apoio público à invasão russa, ao alegar que o Kremlin tem o direito de defender-se das tentativas de expandir a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em direção a seu território.
O representante venezuelano no Conselho de Direitos Humanos em Genebra rechaçou as medidas punitivas contra Moscou. O embaixador de Caracas na Assembleia Geral da ONU absteve-se durante votação para condenar a guerra.
LEIA: Putin tenta agora o que ele acusou a América de fazer – mudar um regime