A organização de direitos humanos We Record revelou que documentou a execução de sete cidadãos egípcios nos últimos dias, observando que esse é o primeiro incidente de execuções em um caso politicamente motivado desde o início do ano.
Em comunicado publicado no Facebook, a organização disse que as execuções de Abdullah Shukri Ibrahim Abdel-Maboud, Mahmoud Abdel-Tawab Morsi, Mahmoud Abdel-Hamid Al-Junaidi e Ahmed Salama Ali Ashmawi ocorreram na terça-feira, todos os quais foram “motivados politicamente e sem padrões de justiça”, acrescentou a We Record.
Três dos corpos foram liberados, explicou, mas o corpo de Abdullah Shukri Ibrahim foi detido.
O Tribunal de Cassação do Egito manteve o veredito de culpado contra os detidos, sob a acusação de “se juntar a um grupo terrorista estabelecido em violação às disposições da lei e da Constituição, possuir armas e explosivos, realizar várias operações terroristas e assassinar um oficial e sete policiais do Departamento de Polícia de Helwan na capital egípcia [Cairo], realizando operações terroristas na área de Munib [governação de Gizé] e o assalto à mão armada aos correios de Helwan”.
Além disso, postou no Twitter que Bilal Ibrahim Sobhi Farhat, Mohamed Hassan Ezzedine Mohamed Hassan e Taj al-Din Mu’nis Muhammad Muhammad Hamida também foram executados. Eles estavam sendo julgados no caso do Departamento de Polícia de Gizé, no qual outros dez detidos foram executados em 3 de outubro de 2020.
Nos últimos anos, tribunais egípcios condenaram milhares de pessoas à morte no que organizações de direitos humanos disseram ser medidas tomadas em retaliação contra opositores do golpe militar do presidente Abdel Fattah Al-Sisi.
LEIA: Corte no Cairo adia julgamento de influencer acusada de ‘tráfico humano’