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Rússia convoca milhares da Síria para lutar na Ucrânia

Sírios seguram faixa expressando solidariedade ao povo ucraniano durante manifestação no enclave rebelde de Idlib, na Síria, em 15 de março de 2022 [Omar Haj adour/AFP via Getty Images]

A Rússia preparou listas de mais de 40.000 combatentes afiliados ao regime sírio e grupos leais a ele, para lutar ao lado do exército russo na Ucrânia, disse o Observatório Sírio para os Direitos Humanos nesta terça-feira. O Kremlin anunciou há quatro dias que permitiria que sírios e cidadãos de outros países do Oriente Médio lutassem ao lado de tropas russas, informou a AFP.

“Mais de 40.000 sírios se registraram para lutar na Ucrânia até agora, por meio de centros criados em várias províncias em cooperação entre soldados russos e sírios e grupos pró-regime”, disse à AFP o diretor do grupo de direitos humanos, Rami Abdel Rahman. Ele destacou que, até agora, a Rússia aceitou 22.000 combatentes de grupos leais ao regime sírio que foram treinados pela Rússia e lutaram ao lado de suas forças na Síria. Sua organização não conseguiu determinar se a Rússia começou a enviar esses combatentes para a Ucrânia.

Esta não será a primeira vez que combatentes sírios participam de guerras em outros países. Milhares lutaram na Líbia e no Azerbaijão ao lado de forças apoiadas pela Rússia ou pela Turquia.

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Em um país onde o salário de um soldado sírio varia entre US$ 15 e US$ 35, a Rússia prometeu aos recrutas que desejam ir para a Ucrânia um salário mensal equivalente a cerca de US$ 1.100 e uma indenização de US$ 7.700 em caso de lesão e US$ 16.500 em caso de morte. .

O grupo de direitos humanos acrescentou que mais de 18.000 pessoas também foram registradas através dos escritórios do Partido Baath na Síria, em cooperação com a Wagner Company, que emprega mercenários e é conhecida por sua estreita relação com o Kremlin. Wagner atua na Síria há anos, mas não está claro quais são os salários que oferece aos que desejam ir para a Ucrânia.

Fontes disseram ao Arab Post que 35 mercenários sírios ligados a Wagner partiram para a Rússia na semana passada da Base Aérea de Hmeimim em Latakia para participar da guerra contra a Ucrânia. “Os mercenários sírios lutaram em operações militares na Líbia em nome da Rússia há cerca de um ano e meio”, disseram eles, acrescentando que os mercenários têm experiência em combates de rua.

Um porta-voz do Comitê de Reconciliação Nacional do governo sírio, Omar Rahmon, negou que alguém tenha se registrado para lutar ao lado da Rússia na Ucrânia. Os combatentes da oposição síria, entretanto, expressaram o desejo de viajar para a Ucrânia e lutar ao lado das forças ucranianas contra os russos.

Presidente da Rússia Vladimir Putin reconhece províncias separatistas no leste da Ucrânia [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

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