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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Enviado dos EUA reitera posição antiassentamento

Embaixador dos EUA em Israel, Tom Nides, visto no Concordia Summit 2015 em seu antigo cargo de diretor administrativo do Morgan Stanley, em Nova Iorque, em 2 de outubro de 2015 [Leigh Vogel/Getty Images for Concordia Summit]

O embaixador dos EUA em Israel, Tom Nides, reiterou, na terça-feira (15), sua posição antiassentamento e insistiu que os palestinos estão mais interessados na autodeterminação.

Falando durante um evento online organizado pelo Americans for Peace Now, Nides disse que os palestinos não podem ser “comprados” com planos que os obrigam a renunciar à soberania política.

“Não podemos fazer coisas estúpidas que nos impedem de uma solução de dois Estados”, disse ele com franqueza. “O que quero dizer é que não podemos ter os israelenses fazendo o crescimento de assentamentos no leste de Jerusalém ou na Cisjordânia. Eu sou um pouco chato com isso, incluindo a ideia de crescimento de assentamentos, o que me enfurece quando eles fazem coisas que apenas agravam a situação em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia.”

De acordo com o Jerusalem Post, Nides foi franco sobre seus esforços para interromper o plano E1, apontando que os EUA há muito se opõem ao E1, acreditando que isso prejudicaria a viabilidade de uma resolução de dois Estados para o conflito.

“Fui totalmente contra o E1”, disse ele. “É uma área muito importante que, se [construída] poderia cortar qualquer possibilidade de capital para os palestinos.”

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Enquanto isso, Nides disse que “estaria mentindo” se dissesse que é possível evitar “cada casa que é construída. Não posso parar tudo, só para deixar claro”.

O escritor do Jerusalem Post Herb Keinon criticou o embaixador por dizer que a construção de unidades de assentamento nos territórios ocupados o “enfurece”, enquanto o pagamento da Autoridade Palestina de estipêndios às famílias de “terroristas” palestinos é meramente “problemático”.

Keinon acrescentou que, “para seu crédito, Nides reconheceu que os palestinos não são isentos de culpa”. O enviado dos EUA, ele apontou, disse ao Americans for Peace Now: “A propósito, os palestinos também não são perfeitos. Quero ser claro aqui”.

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