A coalizão liderada pela Arábia Saudita, que intervém no Iêmen, alegou neste domingo (20) que busca exercer “comedimento” para possibilitar o êxito das negociações de paz com os rebeldes houthis, mediadas pelo Conselho de Cooperação do Golfo (CCG).
“Apoiamos a posição regional e internacional para alcançar o sucesso das consultas iemenitas, que os houthis tentam frustrar”, insistiu o comunicado. “Os houthis não deveriam repetir seus erros de interpretação sobre os esforços da coalizão para superar a crise”.
Ainda neste domingo, a coalizão militar anunciou que um pequeno incêndio deflagrou-se após um “ataque hostil” contra uma instalação petrolífera da corporação saudita Aramco, na cidade de Jeddah, a oeste do reino.
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Horas antes, o ministério responsável por insumos energéticos reportou que instalações no sul do território saudita foram alvejadas por drones militares, com intuito de “desestabilizar redes de abastecimento de energia e a economia global como um todo”.
Na última quinta-feira (17), Nayef al-Hajraf, secretário-geral do Conselho de Cooperação do Golfo, anunciou que sua entidade receberia as partes envolvidas no conflito do Iêmen para consultas políticas, a partir de 29 de março, na capital saudita Riad.
As Nações Unidas e o governo iemenita reconhecido internacionalmente acolheram a iniciativa, mas os houthis manifestaram “receios”, ao demandar que as negociações sejam conduzidas em um país neutro. Analistas creem que os houthis não estarão presentes à mesa.
Por quase sete anos, o Iêmen é assolado pela guerra entre forças pró-governo e rebeldes houthis, ligados a Teerã, que controlam grande parte do país, incluindo a capital Sanaa.