O Ministério da Defesa ucraniano disse que o major-general aposentado Khalifa Haftar concordou, durante sua visita a Moscou, em enviar “voluntários” líbios à Ucrânia para participar “de combate nas fileiras da Rússia”.
O ministério revelou, em comunicado, que a empresa mercenária russa Wagner transportará mercenários da Líbia usando aviões de propriedade da Força Aérea Russa.
O especialista militar Adel Abdel Kafi afirmou que Haftar está pagando ao presidente russo, Vladimir Putin, por seu apoio durante a batalha por Trípoli, “assim como o chefe do regime sírio fez, quando enviou combatentes para apoiar a Rússia“.
Em entrevista exclusiva ao Arabi21, Abdel Kafi relembrou a recente declaração de Putin quando disse que voluntários estrangeiros e árabes estão prontos para lutar ao lado do exército russo em sua guerra contra a Ucrânia.
Ele observou que Wagner está fazendo arranjos para a transferência de combatentes para a Ucrânia, enfatizando que mercenários do Chade, do Sudão e da Síria estão sendo preparados para serem enviados à Ucrânia, juntamente com combatentes líbios.
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O especialista líbio destacou que a Rússia apoiou Haftar com mercenários Wagner e armas avançadas, incluindo sistemas antiaéreos Pantsir, aeronaves MiG-29 e Sukhoi 24, por meio dos quais Haftar ocupa bases militares importantes, como a base de Al-Jafra, Brak Al-Shati na região sul e algumas localidades no centro do país.
Wagner trabalha na Líbia desde que Haftar lançou um ataque para tomar Trípoli em 4 de abril de 2019. A operação terminou em fracasso.
Os mercenários de Wagner controlam vários locais e bases militares no leste da Líbia. Todos os esforços e as resoluções da ONU falharam em expulsá-los do país.