Forças da ocupação israelense abriram fogo contra fazendeiros e pescadores palestinos nas partes meridionais e centrais da Faixa de Gaza sitiada.
Segundo um correspondente da agência de notícias Wafa, fazendeiros foram expulsos de suas terras após soldados israelenses dispararem gás lacrimogêneo e munição real próximo à cerca entre Gaza e o território de 1948 — capturado via limpeza étnica durante a Nakba, quando foi criado o Estado de Israel.
As aldeias de Khuzaa e Al-Qarara, a nordeste de Khan Younis, no sul de Gaza, foram alvejadas por forças israelenses, assim como terras a leste de Wadi Al-Salqa, a sudeste de Deir Al-Balah, na região central do território costeiro.
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A Marinha de Israel também abriu fogo contra barcos pesqueiros na costa sudoeste, para coagir os trabalhadores a retornar a terra firme. Organizações de direitos humanos denunciam o risco imposto aos pescadores de Gaza devido ao assédio israelense.
Segundo a agência Wafa, no entanto, ninguém se feriu pelos sucessivos ataques.
A campanha é parte das violações constantes da ocupação sobre os trabalhadores sitiados, que vivem em condição de pobreza na Faixa de Gaza. Dezenas de baixas e mortes foram reportadas, além de danos a propriedades, apreensão de barcos e mesmo sequestros.
Sob os Acordos de Oslo, assinados em 1993, os pescadores palestinos podem operar em até 20 milhas náuticas das praias de Gaza. Israel, contudo, reduz gradativa e incessantemente sua área de pesca, ao mínimo de três a seis milhas náuticas, como parte do bloqueio militar.