Irã e Síria reforçam laços após crise na Ucrânia

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, chegou a Damasco na quarta-feira e disse que a prioridade do Irã é fortalecer os laços estratégicos em um cenário global em mudança após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Amirabdollahian disse a repórteres em sua chegada que seu país estava com a Síria na “mesma trincheira” e que os laços com Damasco estavam passando por sua melhor fase, relatou a Reuters.

“Estamos falando de laços estratégicos e, hoje, além de todas as dimensões do nosso relacionamento, a questão das relações econômicas é a prioridade”, disse ele a jornalistas.

O ministro das Relações Exteriores da Síria, Faisal Mekdad, disse que a crise na Ucrânia e suas repercussões serão o foco das conversas entre os dois aliados do Oriente Médio, ambos sob sanções ocidentais.

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“Estamos conversando após os principais desenvolvimentos após a operação russa (na Ucrânia) e discutiremos nossas posições conjuntas em relação a esses desenvolvimentos”, acrescentou Mekdad.

O presidente Bashar Al-Assad conseguiu virar a maré da guerra civil na Síria, que eclodiu a partir de protestos pró-democracia em 2011, com a ajuda crucial das milícias por procuração do Irã e com a grande intervenção militar de Moscou em 2015.

O Irã consolidou sua posição militar na Síria, onde as bases administradas por suas milícias muçulmanas xiitas são frequentemente alvos de ataques de Israel, que quer corroer a influência de Teerã.

A influência econômica de Teerã no país devastado pela guerra cresceu nos últimos anos, fornecendo ao governo de Assad linhas de crédito e ganhando contratos comerciais lucrativos.

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