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O colonialismo como marco interpretativo basilar do apartheid israelense: revisitando e ressignificando a questão

O imaginário orientalista está presente na forma como assuntos palestinos são geralmente  representados na mídia.  Bárbara Caramuru Teles e Fábilo Bacila Sahd, autores do artigo “O colonialismo como marco interpretativo basilar do apartheid israelense” observam o uso de adjetivos como ‘fundamentalista’, ‘terrorista’, ‘retrógrado’ como uma atualização de “estigmas reservados aos ‘orientais’ ou ‘não ocidentais’, desde os primórdios do colonialismo, como pertencentes à barbárie, perante a qual cabe uma missão civilizadora.”  Essa visão fundante de Israel aparece em citações de Theodor Herzl (1947) sobre  “constituir a ponta de lança da civilização em meio à barbárie” e do sionista Zeev Jabotinsky, que “acusava seus pares de serem hipócritas ao tentar ocultar a natureza estritamente colonial e violenta do sionismo”.

Ao mesmo tempo,  “a ocupação e colonização da Palestina têm sido hegemonicamente retratadas como um “conflito”, ignorando a assimetria na relação de forças que reflete a disparidade de poder entre um povo e um Estado colonial, que mantem os palestinos sob um regime de apartheid”

Os autores revisitam o referencial das ciências humanas e do direito internacional para considerar a relevância do colonialismo como marco teórico basilar à compreensão da situação vigente. Ao mesmo tempo,  demonstram que “a narrativa sionista necessita de contraponto, de uma contra narrativa que desconstrua seus mitos fundantes e orientalistas”. A tarefa, eles afirmam, é urgente, para dar “combate à mais nova tentativa de censurar vozes e entendimentos críticos, no caso, classificar como antissemitas críticas ao Estado de Israel, justamente em um momento no qual já há enorme acúmulo evidencial de que se trata de mais um caso de apartheid”.

Confira a íntegra do artigo

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