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China denuncia assentamentos ilegais de Israel e pede que ONU se concentre na Palestina

O representante permanente da China nas Nações Unidas (ONU) Zhang Jun fala durante a reunião do Conselho de Segurança na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, Estados Unidos, em 28 de fevereiro de 2022 [Tayfun Coşkun/Agência Anadolu]

A expansão de assentamentos ilegais em andamento de Israel foi criticada pela China durante um briefing da ONU sobre a situação na Palestina. O representante de Pequim no órgão mundial insistiu que os assentamentos são uma violação do direito internacional e instou a comunidade internacional a apoiar o povo palestino.

“Pedimos a Israel que interrompa a expansão dos assentamentos, interrompa o despejo de palestinos, interrompa a demolição de casas palestinas e crie condições para o desenvolvimento de comunidades palestinas na Cisjordânia, conforme exigido na Resolução 2334 do Conselho [de Segurança]”, disse Zhang Jun, representante permanente da China na ONU.

Adotada por unanimidade em 2016, a Resolução 2334 afirma que a atividade de assentamento de Israel constitui uma “violação flagrante” do direito internacional e “não tem validade legal”. Exige que Israel pare com tal atividade e cumpra suas obrigações como potência ocupante sob a Quarta Convenção de Genebra.

“As atividades de assentamento no território palestino ocupado violam o direito internacional, perturbam a contiguidade do território palestino ocupado, apertam o espaço de vida do povo palestino e afetam as perspectivas de alcançar a solução de dois estados”, continuou Jun.

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O enviado chinês também expressou preocupação com a deterioração da segurança na Palestina e a situação das crianças. “A proteção das crianças em contextos de conflito não é um slogan vazio, mas uma responsabilidade moral inabalável e uma obrigação internacional que deve ser cumprida. Pedimos uma investigação completa da violência recente e uma responsabilização efetiva”.

Ele também instou a comunidade internacional a continuar ajudando a Palestina a aliviar sua crise fiscal, melhorar sua economia e a subsistência da população e enfrentar a pandemia de covid-19. Ressaltando a necessidade de manter o foco na ocupação de Israel, ele enfatizou que a questão palestina não deve ser marginalizada, muito menos ficar pendente por muito tempo.

“A China continuará a trabalhar com a comunidade internacional para fazer esforços incessantes e contribuir com a parte da China para uma solução abrangente, justa e duradoura para a questão da Palestina”, acrescentou o enviado.

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